Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Não só o que me apetece, mas quando me apetece e sobre o que me apetecer! Tenho dito!... E vou continuar a dizer!
... Quando, após dez anos a fazer diariamente o mesmo percurso, dás por ti sozinha dentro de um comboio parado sem teres a mais pequena ideia de onde estás.
Felizmente que a estação terminal é logo na paragem seguinte aquela onde devia ter saído...
Vai de esperar 10 minutos para voltar a entrar no mesmo comboio.
Foi o suficiente para me baralhar os horários do resto do dia.
Mas a verdade é que continuo sem saber onde raio estava a minha cabeça....
... para terminar a trasladação de uma árvore de 3 metros?
12 pessoas é a resposta certa, distribuídas da seguinte maneira:
Tudo pago com o erário público.
Não dava para terem vindo os 4 que trabalhavam (um dos quais veio a conduzir a camioneta onde vinha a árvore) e o que estava a tirar as fotografias (que é o que me parece perceber alguma coisa de árvores, profundidade a que devem ser enterradas, etc.) ?
... A acidez gratuita de certas pessoas é o suficiente para me deixar com os azeites.
É o tipo de mistura temperamental que, de bom grado, dispensava, até porque quando como saladas, como-as sem tempero...
Ou fico-me pelo sal.
Bertrandólica - Parte 1
Sim, sim, não aguentei e tive que ir a uma das livrarias… Apenas para descobrir que, afinal, ainda não receberam sacos e crachás da nova coleção.
Como tinha estipulado 5 euros para gastar, agarrei num dos cadernos com a imagem da Bertrand do Chiado quando dei com os olhos nos Diários de Leituras… Verifiquei o saldo que tinha no meu cartão Leitor Bertrand e …. VOILÁ!!!!
Os 5 euros mais bem gastos de 2014!!!!
Serve como incentivo a retomar o vício da leitura.
Até porque há mais de um ano que não tinha um livro novo e a A.I.S. ofereceu-me este:
O cheiro a papel, a capa brilhante, o som do passar das folhas….
Sim, vou estrear o meu Diário de Leitura com este livro, apesar de ainda estarmos em 2014.
Eu mereço!!
Bertrandólica - Parte 2
Se eu já gostava desta livraria, depois do que assisti hoje, dificilmente me renderei a outra...
Graças às novas tecnologias, sabemos sempre os dias dos descontos e as promoções em vigor na rede Bertrand. Obviamente que o recurso às novas tecnologias para obter este tipo de informação não é extensível a toda a população sénior (apenas porque não utilizam estes equipamentos, entenda-se).
Estava na fila de espera para pagar o Diário e à minha frente estava uma senhora – de bastante idade – que queria comprar 2 livros para oferecer. Perguntou se eram bons ao que a resposta foi afirmativa.
Depois questionou se eram os de desconto de 50%, ao que a funcionária explicou que não, que como podia observar, aqueles livros não estavam marcados com os autocolantes de descontos.
A idosa hesitou: tanto eu como a empregada entendemos que pretendia levar os dois livros para oferecer no Natal (eram livros juvenis) mas que, eventualmente, sem o desconto não teria dinheiro para levar os dois….
A empregada perguntou:
- A senhora conhece as nossas 2ªs feiras de cada mês?
- Não. É alguma coisa especial?
- Sim. Temos sempre descontos em todos os livros. E a próxima 2ª feira é a segunda 2ª feira de dezembro….
(Para bom entendedor….)
- Pois…. Mas se calhar, quando cá voltar já não têm estes.
- Temos sim: dê-me o seu nome que eu guardo-lhos.
O olhar da senhora brilhava tanto que pensei que ia largar em lágrimas….
E a mim apeteceu-me dar a volta ao balcão e dar um beijo do tamanho do mundo na empregada.
Porque ser solidário também é isto….
Obrigada por existires, Bertrand…
Ainda que me faças sentir uma Bertrandólica em constante ressaca, MUITO OBRIGADA!!!!
v.t e v.i.
1. Adiar para depois; fazer mais tarde;
2. Prorrogar para outro dia;
3. Usar de delongas; adiar de forma indefinida.
(Etm. do latim: procrastinare)
(in http://www.lexico.pt/procrastinar/)
Sim… Tenho-me limitado a listar os temas acerca dos quais pretendo escrever.
A lista já vai longa… Tal como a falta de inspiração para o fazer.
São estes dias cinzentos: só dão vontade de fazer coisa nenhuma enquanto lá fora chove….
Prometo que este fim de semana respondo a todos os comentários que têm feito aqui e no blog do Salvador... JURO!!
Quando o meu filho, ainda bebé, fez uma bronquiolite, o pediatra deu-nos uma prescrição médica para uma máquina de vapores, para que:
Quando o meu sogro começou com problemas de tensão, o médico de família deu-lhe uma prescrição médica para a aquisição de um medidor de tensão, com o objetivo de:
Quando o meu marido foi diagnosticado com apneia do sono, a pneumologista que o acompanha na especialidade de Consulta de Sono prescreveu-lhe uma máquina para tratamento CPAP (não me peçam para traduzir, please….) e, assim:
Mantenham estes exemplos em mente, OK?
Como paciente de Reumatologia por doença autoimune (uma daquelas em que os anticorpos decidem que é muito fixe atacarem o corpo do seu dono, só porque sim….), diagnosticada há quase 8 anos, foi-me explicado que não posso fazer esforços que pessoas normais fazem porque o meu corpo não reage da mesma forma ao cansaço. Indo ponto por ponto, a reumatologista avisou-me que tarefas como transportar sacos de compras, bacias de roupa lavada para estender, varrer, aspirar, passar a ferro, lavar roupa à mão, lavar chão, etc., teriam de ser evitadas devido ao esforço envolvido. Da mesma forma, quando o meu filho nasceu, fui alertada para os perigos de andar com ele ao colo, ir com ele à praia (o sol é motivo de crises em doenças autoimunes por estimular os auto anticorpos).
Aquando do diagnóstico, eu não tinha filhos e a crise andava longe, longe…. E contratei uma pessoa que me ajudava com as tarefas domésticas mais pesadas – porque outras contornei, pondo menos compras por saco ou menos roupa por bacia, por exemplo (E antes que perguntem não, nunca desmontei o meu filho para andar com ele ao colo….).
Mas veio a crise e, juntamente com várias opções de vida que tivemos de fazer, essa pessoa teve de ser dispensada. Assumimos nós as tarefas domésticas e agora, se quisesse resolver a situação de dor física em que me encontro, talvez tivesse que entalar (com talas, e não empalar…) o meu corpo todo.
Como isso não é viável - até porque, em formato Robocop, demoraria o dia inteiro só para me preparar para sair de casa – cheguei à conclusão que, para resolução imediata da minha situação clínica e reposição imediata do meu bem estar, necessito de uma prescrição médica para uma mulher-a-dias, com comparticipação pelo SNS e ainda com possibilidade de colocar o remanescente que seria pago por mim em despesas de Saúde (ou noutras quaisquer que me dessem maior reembolso) em sede de IRS.
Se quando alguém necessita de um tratamento termal prolongado, o mesmo é objeto de prescrição médica e pode ser colocado como despesa em sede de IRS, porque é que eu não hei-de ter uma prescrição médica para uma mulher-a-dias se é disso que eu necessito para ter qualidade de vida?!?!?!?!?
Proponho um exercício muito simples, ainda que não descartando a hipótese de haver mulheres que fazem as coisas da mesma maneira que a maioria dos homens e vice-versa.
Mas, em 95% dos casos, as seguintes situações são bem reais:
Loiça lavada e empilhada no escorredor para secar
Alguém acabou de tomar um duche
Uma refeição excelente e diferente do normal
Ok, OK... Confesso que cá em casa, tudo o que é de comer e chorar por mais é feito pelo Esposo. Mas eu também ajudo na confeção e muito, mas mesmo MUITO, na promoção dos seus dotes culinários!!!
E vocês, que exemplos destes têm para me contar???
Se está na estrada, dentro de um carro, atrás do volante, e a deslocação da viatura é da sua responsabilidade, por favor…
… Não faça a barba;
… Não se maquilhe;
… Não acenda a luz interior para ver sms’s, ao mesmo tempo que vai fazendo travagens bruscas para os poder ler e responder;
… Não tome o pequeno-almoço;
… Não procure coisas na mala que vai no lugar do morto;
… Não apanhe coisas que caíram para os seus pés;
… Não se vire para trás de 10 em 10 segundos para ver algo que está no banco de trás…
… Porque se faz tudo isto para chegar a tempo ao seu emprego, vai fazer com que eu chegue atrasada ao meu!!!
GET A LIFE!!!!
... Quando estás a escrever este post com um saco de sementes quente na zona sacrolombar e dás por ti a pensar: se eu tivesse um fato inteiro feito disto, talvez resultasse;
... Quando os teus desportos preferidos - todos praticados em sofá, como seja: ler, ver um bom filme, escrever posts no tablet, etc. - te começam a ser verdadeiramente dolorosos;
... Quando discutes com a tua médica de família qual a posição ideal para manusear... a esfregona;
... Quando te perguntam: «E então, como está?» e respondes «Tudo a andar!» e começas a pensar que talvez não fosse pior se fosse tudo «a correr»;
... Quando te sentas numa cadeira numa postura que mais parece que engoliste um pau de vassoura e descobres músculos que nem sabias que tinhas;
... Quando o teu conceito de "relaxar no fim de semana" é ficar estendida na cama ou no sofá e dares por ti a rezar para adormeceres.
Chiça, estarei assim tão velha?!?!?!?
É isso mesmo que leram. Orgulho. Muito. Antes, agora e sempre.
Não me importa que me agridam dezenas de vezes por dia com notícias destabilizantes.
Não me importa que sejam demasiado inoportunos nos comentários: «Então que língua falas agora?», «Então agora vocês são o quê: passaram dos "ban-ban-bans" cá do sítio para material de retalho, é?».
Digam o que quiserem.
Não pensem que não estou preocupada: tenho orgulho em ser PT, não sou estúpida ou burra.
Mas continuo a acreditar em mim e nos meus colegas.
Levo 9 anos de PT.
De temporária a contratada; De contratada a efetiva; De efetiva até não me quererem mais.
Sim, porque eu acredito no valor do Grupo, da empresa do Grupo a que pertenço.
No valor dos meus colegas e na minha força de vontade.
Que atire a primeira pedra o ignorante que acha que trabalha na empresa perfeita, com o chefe perfeito e com colegas mais que perfeitos.
Deixemo-nos de utopias e falemos de realidades: Sim, a PT já esteve entre as maiores do Mundo, da Europa e do País. Mas o que nos colocou lá continua a existir, porque foram as pessoas - como eu e muitos outros - que a colocaram lá com a sua capacidade de inovação, com o seu trabalho suado, muitas das vezes com os maiores sacrifícios pessoais para benefício de muitos.
Inclusive dos Clientes, que beneficiaram com toda a tecnologia inovadora que ao longo dos anos lhe foi sendo disponibilizada.
Em 9 anos de casa, tive muitas alegrias, momentos maravilhosos e muito, muito trabalho.
Trabalhei com pessoas maravilhosas, perdi algumas e ganhei outras.
Deixámos de ser uma participada do Estado, sobrevivemos a uma OPA e acreditámos no projeto que o Eng.º Zeinal Bava tinha para nós além fronteiras.
A rota mudou? Sim. A dele, a do Grupo e, consequentemente, a de todos nós.
Quando e como é que tudo isto vai acabar? Não sei. A esta altura duvido que alguém saiba.
Mas não é por isso que vou baixar os braços.
Não é por isso que vou mudar de comportamento, deixando de dar o melhor de mim, por mim, pelos meus colegas, pela minha empresa e por todos os colaboradores não ativos que dependem do meu trabalho para manterem as suas pré-reformas.
Se há injustiças dentro da PT?
Como em qualquer empresa, desde a de vão de escada, às maiores multinacionais, passando pelas PME's familiares ou não, há de tudo:
- Quem ganhe muito merecidamente;
- Quem ganhe muito e faça pouco;
- Quem ganhe pouco e se mate a trabalhar;
- Quem ganhe pouco e não se esforce minimamente.
Pessoalmente, não me posso queixar: sempre dei tudo por tudo, em todas as frentes, mesmo quando ganhava pouco mais que o salário mínimo.
Mas sempre tive reconhecimento. Batalhei muito, chateei muita gente, mas sempre de consciência tranquila.
Não se reivindica sem razão e nunca pedi nada que não merecesse. De uma forma ou outra, em medidas acima ou muito abaixo das minhas expectativas, a verdade é que sempre me reconheceram mérito.
Se queria mais? Se estou preparada para trabalhar noutros projectos dentro da PT? Claro que sim!!!! Mas eu sou assim, não falo por todo o Universo PT.
Por isso é de coração que vos digo: vão-se lixar com as vossas piadinhas estúpidas em lugares tão inapropriados como a meio de um exame ginecológico.
Se as coisas correram mal?, se é verdade o que diz a imprensa?
Já fui jornalista e quero acreditar que, se o dizem, é porque têm fontes credíveis em que se basear.
Se não tenho vergonha?
Não, a decisão dos 900 milhões não foi minha e, se fosse, como em tudo o que já fiz nesta empresa, seria a primeira a chegar-me à frente de quem fosse preciso e faria o mea culpa, mesmo que o erro fosse incorrigível.
Mas esta sou eu.
Eu sou assim e não baixarei os braços até que alguém me olhe nos olhos e me diga que estou dispensada, que não precisam mais de mim.
Se isso vai dar cabo de mim?
Claro, ou acham que sou rica? Gosto muito de trabalhar mas não é menos verdade que a minha sobrevivência e a dos meus também depende disso.
Se estou à procura de abandonar o barco? Não.
Se sou parva por não o fazer? A vossa opinião será que sim.
Mas eu tenho orgulho em ser PT.
Continuem lá com as bocas parvas, com as notícias demolidoras, com informação que nos deixa ainda mais à toa que o que já estamos.
Eu vou continuar a dar o meu melhor.
Por mim.
Pelos meus colegas.
Por todos os que não conheci e que dependem de mim.
«Ah e tal, falas de boca cheia. Vocês é só regalias!!! Pançudos!!».
Primeiro que tudo, «Vocês» é muita gente.
Tenho um bom plano de saúde? Tenho. Mas pago por ele.
Tenho MEO à borla? Tenho. Mas pago tudo o resto, e além do mais agora inventaram de nos taxarem esta benesse em sede de IRS.
Tenho um bom plafond de comunicações? Tenho.
E então? O que criticam? Têm inveja, é?
Não tenham a menor dúvida que dou de mim à empresa tanto ou mais que ela me dá a mim.
Se isto acontece com todos os trabalhadores de todas as empresas do Grupo PT? Claro que não, em que mundo é que vivem????
A PT é uma empresa igual a todas as outras, mas diferente na sua dimensão e na dimensão em que afetou a vida de milhares de portugueses.
Para isso, teve sempre outros milhares a trabalhar para que as coisas acontecessem.
Correu mal? Muito.
Sentimo-nos perdidos? Claro, somos humanos, caramba!!!!
Mas vou baixar os braços? Nunca, só quando mos "cortarem".
Sejam "tuguinhas" e mesquinhos à vontade: eu fui, sou e serei PT.
Sejam invejosos e maldosos à vontade: eu estive lá no MEO, na Cloud, no M3O, no Data Center da Covilhã, no M4O e no M5O.
Vi projetos de Responsabilidade Social com que vocês nem sonham, tecnologia desenvolvida para pessoas com determinadas capacidades diminuídas que vocês podem apenas imaginar.
Assisti a sessões de esclarecimento e de formação que vocês podem apenas invejar.
E tantas, tantas outras coisas.
E vocês, onde é que estavam quando tudo isto aconteceu?
Eu estive lá, estou lá de alma e coração, e até me quererem, lá estarei.
Tenho muito a dar a esta empresa.
E, se alguém decidir que não nos querem mais, não baixarei os braços.
A luta é diária seja onde for.
Não queiram esgrimir comentários jocosos relativamente ao Grupo a que pertenço comigo.
Chego para todos, mesmo reconhecendo a fragilidade do momento.
Não sejam invejosos e mesquinhos: pensem se fosse convosco antes de abrirem essas bocarras.
Deixem-me fazer exames médicos sem me chatearem, pode ser?
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.