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Não só o que me apetece, mas quando me apetece e sobre o que me apetecer! Tenho dito!... E vou continuar a dizer!
Nesta última semana consegui conciliar tudo: deveres domésticos, família, leitura e… televisão. YESSSS!!!
Vi dois filmes e dois episódios de uma nova série e dadas as peculiaridades de todos, resolvi partilhar.
Filme: Lucy de Luc Besson
É preciso gostar deste realizador, cujos filmes têm como característica principal ação do princípio ao fim e muitas coisas a ler nas entrelinhas. Das trilogias Transporter e Busca Implacável, passando por O Quinto Elemento, Joan D’Arc, The Big Blue e o incontornável Léon, o Profissional há um pouco de tudo e para todos os gostos. Até animação, com Arthur e os Minineus.
Mas chegando a Lucy…. Com Morgan Freeman e Scarlet Johansson nos principais papéis, o filme questiona milhares de anos de evolução da espécie humana e retrata o que possivelmente estará para vir. Nas últimas 24h de Lucy, esta passa de um ser humano normal, utilizando 10% das suas capacidades cerebrais, até que atinge a utilização a 100%, cruzando-se, algures no tempo, com outra Lucy: a 1ª mulher.
Se utilizarmos todo o nosso potencial cerebral, o que seremos? Como passaremos a ver e sentir o mundo à nossa volta? Continuaremos a ter lugar no mundo? Que capacidades extraordinárias desenvolveremos? Serão mesmo extraordinárias, ou apenas latentes à espera de serem aplicadas?
Vejam, não se dececionarão. E aproveitem para ter um resumo da evolução das espécies no nosso planeta, calmamente explicadas por Morgan Freeman, com imagens documentárias à mistura.
Filme: O Físico de Philipp Stölzl
Para quem gosta de filmes épicos, este é um a não perder, muito ao estilo de Ágora, com Rachel Weisz.
Antes de o ver já tinha detetado algumas coisas parvas, como a tradução para português do título original. The Physician deveria ter sido traduzido para O Médico e não para O Físico, porque acaba por desvirtuar o teor do filme.
Também há factos historicamente incorretos. Ibn Sina (sendo Avicena o seu nome na versão latina) existiu realmente: Pai da moderna medicina e do conceito de quantidade de movimento linear, fundador da Avicenismo e da lógica avicenista, percursor da pioneira psicanálise, da aromaterapia e neuropsiquiatria, e importante contribuidor para a geologia etc., etc.,…. Foi um importante cientista-filósofo islâmico sim, mas não se suicidou…
MAS… Se nos abstrairmos de tudo isto, temos uma visão bastante profunda de como foi a evolução da medicina através dos tempos e de todos os preconceitos e crenças que durante séculos a impediram de evoluir. Fornece-nos, ao mesmo tempo, uma perceção do periclitante equilíbrio estabelecido entre religião / ciência / poder político e de como um único facto podia ser tão variadamente interpretado à luz de diferentes religiões.
Aconselho vivamente, até porque não se pode desperdiçar a oportunidade de ver Ben Kingsley em mais um desempenho notável num papel histórico – ainda que a estória que desempenha esteja incorretamente contada…
Série no canal SyFy: The Librarians (tradução à letra: Os Bibliotecários)
Para quem anda nas ruas de Lisboa não deve ter passado despercebida a estreia desta série, tantos eram os muppis espalhados por todo o lado. Começou esta segunda-feira, dia 8, às 22h20, por isso ainda estão muito a tempo de ver os primeiros dois episódios, sem os quais, estou em crer, perderão um pouco do desenrolar dos episódios que estão para vir.
Trata-se de uma espécie de spin off para série de televisão da trilogia «The Librarian»: O Bibliotecário - Regresso às Minas do Rei Salomão; O Bibliotecário - A maldição do Cálice de Judas e O Bibliotecário em Busca da Lança do Destino. Neles, Noah While era o Bibliotecário, tal como acontece no início desta série, na qual podemos ver alguns dos artefactos que ele consegue recuperar nos filmes.
Digamos que é tipo Indiana Jones :)
Para apaixonados por livros e bibliotecas, arte, literatura, arquitetura, arqueologia, mitologia e lendas, esta é uma série a acompanhar. Temperando tudo com personagens com inteligências muito acima da média, um sentido de humor que dispõe bem o espectador e artefactos antigos, mesmo para quem não gosta da «pitadinha» de ficção científica, é de aproveitar para ganhar mais conhecimentos e ver algumas das mais famosas bibliotecas e obras de arte que existem.
O casting é muito bem conseguido, cheio de caras que nos são familiares de outros tempos e de outros filmes / séries.
E não… Não vou desvendar o enredo.
É ficção a mais? Talvez, mas para quem gosta de tudo o que atrás mencionei, o que é que importa????
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