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Aqui, é o que me apetece!!

Não só o que me apetece, mas quando me apetece e sobre o que me apetecer! Tenho dito!... E vou continuar a dizer!


Quarta-feira, 03.12.14

Aos meus colegas da PT - Parte II

Sim, continuo a ter muito orgulho em ser PT.

Cada vez mais.

 

Sim, continuo a acreditar que a nossa força há-de suplantar todos estes momentos bizarros que vivemos: Não percebemos ainda, operacionalmente, no nosso dia-a-dia, o que a fusão com a OI nos trouxe, e já ela está sentada com a Altice a negociar a nossa venda.

 

E, neste cenário o que não muda?

Muda tudo.

Mudam as pessoas, sim.

Vemos colegas ir embora e dói.

Sentimo-nos cada vez mais sós, cada vez mais alienados, desejados por muitos - pelo menos, assim parece... - mas abandonados por outros tantos de quem se exigia mais.

 

Mas parem para pensar: por muito que as pessoas mudem, a PT é feita de pessoas.

Alguém há-de ficar para levar o barco para a frente, continuar a apoiar os nossos clientes e, como colegas, a apoiarmo-nos mutuamente.

 

Por isso, e uma vez mais, eu escolho acreditar.

 

Acreditar em nós, na nossa força de trabalho, de inovação e de apoio.

As maiores palavras de apoio que recebi ultimamente - porque também tenho dias menos bons e cinzentões - foram de um amigo que deixou a PT.

E por ele, como por nós todos, temos que provar que valemos a pena.

 

Escolho acreditar na atual Administração da PT Portugal, independentemente do tempo que aí permaneça.

Não, não os conheço pessoalmente, apenas trabalhei temporariamente com o Dr. Nuno Cetra quando fazia as férias do secretariado da administração da PT PRO. 

Mas acredito.

Porquê? Leiam isto e vejam como acabou.

Sim, escrevi ao Eng. Armando Almeida e ao Dr. Marco Schroeder.

E sim, recebi resposta através do Dr. Joaquim Correia, Chefe de Gabinete do nosso CEO. 

E não, não pensei que fosse receber. Mas aconteceu.

E se essa impossibilidade na minha cabeça aconteceu, porque não hei-de acreditar que terão um bom plano para nós?

 

E entre negociações de compra e vende, nós continuamos lá.

Na nossa casa, a qual temos que defender e manter.

E até algo estar decidido, é esta a nossa administração.

E eu escolho acreditar nela como acredito em mim.

 

EU escolho.

Porque prefiro desiludir-me - se assim tiver que ser - que viver diariamente desiludida.

 

E não, ninguém me pagou ou ofereceu o que quer que fosse para vos estar a dirigir estas palavras.

Esta sou eu e como escolhi viver o meu dia-a-dia na PT.

 

Não me venham de novo dizer que estas palavras de pouco ou nada valem se não forem precedidas de ações concretas. As ações concretas, como já afirmei, são desenvolvidas todos os dias, no meu posto de trabalho, na minha contribuição para o todo que é a nossa CASA.

 

A escolha é vossa, tal como foi minha e, uma vez mais, eu escolhi erguer a cabeça, não baixar os braços e acreditar. Com o orgulho que sinto em ser PT, acreditar em mim, em todos vós e que este Grupo continua a ser feito de pessoas para as pessoas.

Não nos podem mandar embora a todos, por isso, porque não trabalhar acreditando que ainda temos tanto para dar, tanto para inventar, tanto para oferecer!?!?!?

 

Colegas e amigos, tenham uns bons dias PT.

E que o espírito de apoio e união não vos abandone.

Que sempre que se sintam em baixo pensem nos vossos melhores momentos.... e que façam para que se repitam.

 

Abraços azuis!!!

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por Mamã às 21:23

Terça-feira, 02.12.14

SOCORRO!!!!!! Sou uma livrólica Bertrand!!!!

SOCORRO!!!

 

Quero um de cada, A SÉRIO!!!!!! 

sacos e crachas.png

 

caderno.png

   

Ah, e também quero a nova versão do Diário de Leituras Bertrand.... 

Diário.png

SOCORRO!!! 

VOU FECHAR-ME EM CASA E ESPERAR QUE ME PASSE!!!!

 

(Pai Natal, CAN U HEAR ME????

Os crachás e os sacos custam 1 euro e eu já tenho 2 sacos e 1 crachá.

Compreendo que não me possas enviar um caderno ou um Diário de Leitura, que são mais caros, mas quanto ao resto..... PLEASE!!!!

Ah... e despacha-te que isto são edições limitadas ao stock existente!!

Só mais uma coisinha: já te disse que o meu aniversário é a 30 de dezembro??? É verdade....)

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por Mamã às 14:56

Quinta-feira, 20.11.14

Vícios, para que vos quero....

Não consigo fazer nada em meias tintas: do que gosto de fazer, gosto mesmo. De paixão.

E às vezes exagero de tal forma que tenho que fazer umas pausas.

 

Sempre fui uma apaixonada de tudo quanto é economato: canetas, blocos de notas, moleskin's, agendas, marcadores para livros, as recentes capas fashion para proteger livros, para tablet... ADORO!!! tudo o que complementa as minhas paixões. 

 

Não tenho meias tintas com a leitura, com a escrita...

 

Mas a capacidade financeira não dá  para tudo o que gostava de comprar, - só para não dizer que não dá mesmo para comprar nada.... - quer sejam livros, quer sejam capas de livros, blocos de notas....

E o Tempo, que felizmente, de uma maneira algo retorcida, não dá para comprar, não chega para fazer tudo o que gostaria de fazer...

E as pausas entre febres de paixões, quer por um destes motivos, quer por outro qualquer, vão-se prolongando.

 

E agora tenho paixão nova: o material da Bertrand.

 

Quando o meu marido me levou à Bertrand do Chiado, ofereceu-me um saco deles a que eu chamo «Livraria Portátil», porque é isso que ele diz.

 

DSC04703.JPG

No outro dia descobri os crachás da Bertrand. A febre não durou muito tempo, porque os aquários com eles desapareceram.... Só tenho mesmo este.

DSC04544

 

... Mas os sacos... Esses voltaram em novos modelos, em novos materiais, com outros dizeres e de várias cores. E, por 1 euro, eu nem sempre sou capaz de lhes resistir... Como a este, por exemplo:

DSC04700.JPG

 

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Posto tudo isto, e como não sou masoquista, evito ao máximo ir à Bertrand.

 

Só que o meu filho tem uma vida social muito agitada, e eu ofereço sempre material didático infantil que compro lá a preços muito porreiros e quase sempre da Educare.

 

Por isso, já vou em 3 sacos, sendo que o que comprei hoje pendurei no móvel que tem a minha modesta biblioteca.

 

DSC04705.JPG

 Porque é, tão pura e simplesmente, a minha filosofia de vida... O meu sentir e o meu sonho.

 

Vale o que vale vindo de mim, uma viciada em potência na Bertrand (tivesse eu dinheiro....), mas se este Natal oferecerem algo que comprem numa das várias livrarias que existem por este país fora, ofereçam embrulhado num destes sacos espetaculares. A sério.

 

A mim, podem oferecer-me só o saco. De preferência diferente destes 3. Ficarei delirante 

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por Mamã às 21:57

Terça-feira, 21.10.14

Preciso de mais 12 horas no meu dia

Isso mesmo: 12 horas.

 

24 horas não dão para nada:

  • No mínimo, passo 9 horas no emprego;
  • Se tudo correr bem, passo cerca de 2,5 a 3 horas em viagem;

 

Com isto já se foram 12 horas...

 

Nas restantes 12 horas que estou em casa:

  • Passo 1 hora - no mínimo - a fazer e desfazer mochilas e marmitas, e a preparar as coisas para o dia seguinte;
  • Estou, no todo, 1 hora na cozinha, entre jantar e ajudar o marido a arrumar;
  • O Salvador leva mais 3 horas: banho, conversar, brincar, preparar para deitar, conversar, deitar, pomadas para isto e para aquilo, pequeno almoço, birras, vestir, preparar para sair...;
  • Comigo devo gastar 1 hora, entre arranjar-me para dormir e arranjar-me para sair, não leva muito mais, porque o tempo não chega;
  • Tarefas domésticas inadiáveis, diárias, consomem no mínimo, 1 hora;
  • No que sobra, umas vezes consigo dormir, outras nem por isso.

 

Assim sendo:

  • Quando algo de diferente é necessário - ir ao banco, aos CTT, ao médico, à farmácia, etc.., - o tempo no emprego estica mais, porque tudo funciona em horas de expediente e depois há que compensar;
  • Quando quero escrever assiduamente nos blogues, ganho umas dores incríveis pelas posições em que vou sentada no comboio para poder ir a escrever no tablet, daí volta e meia estar uns dias sem escrever;
  • Se quero escrever em casa, só o consigo fazer depois de deitar o Salvador e ele, nessa noite especificamente, demora 100 anos a deitar, pelo que eu me deito mais tarde e durmo menos, o que não consigo fazer durante muitos dias seguidos, dado o pouco tempo que já tenho para dormir.

 

Face ao exposto, quero mais 12 horas no meu dia:

  • Para poder dormir mais;
  • Para poder escrever mais;
  • Para poder dedicar mais tempo ao marido;
  • Para poder fazer mais coisas comigo mesma... Tipo ser gaja e maquilhar-me.

 

Mas não. Eu sou:

  • Trabalhadora por conta de outrem... E o outrem já foi mais certo;
  • Mãe do Salvador;
  • Filha;
  • Amiga.

Quem perde? O marido e eu.

As 12 horas de que preciso seriam irmãmente divididas: 6 horas para ele / nós e as restante 6 para mim, sendo que as minhas poderia aplicá-las onde bem entendesse!!!

tempo.jpg

 

Utopias??

Pois claro, na verdade o tempo....

 

... Voa.

 

E, na maior parte das vezes, e sem nos apercebermos, somos nós mesmos que o fazemos voar.

 

A m... da crise até tempo me roubou!! Não bastava já o dinheiro....

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por Mamã às 22:20

Quarta-feira, 08.10.14

Orgulho em ser Portugal Telecom

É isso mesmo que leram. Orgulho. Muito. Antes, agora e sempre.

Não me importa que me agridam dezenas de vezes por dia com notícias destabilizantes.

Não me importa que sejam demasiado inoportunos nos comentários: «Então que língua falas agora?», «Então agora vocês são o quê: passaram dos "ban-ban-bans" cá do sítio para material de retalho, é?».

 

Digam o que quiserem. 

 

Não pensem que não estou preocupada: tenho orgulho em ser PT, não sou estúpida ou burra. 

Mas continuo a acreditar em mim e nos meus colegas.

 

Levo 9 anos de PT.

De temporária a contratada; De contratada a efetiva; De efetiva até não me quererem mais.

Sim, porque eu acredito no valor do Grupo, da empresa do Grupo a que pertenço.

No valor dos meus colegas e na minha força de vontade.

 

Que atire a primeira pedra o ignorante que acha que trabalha na empresa perfeita, com o chefe perfeito e com colegas mais que perfeitos.

 

Deixemo-nos de utopias e falemos de realidades: Sim, a PT já esteve entre as maiores do Mundo, da Europa e do País. Mas o que nos colocou lá continua a existir, porque foram as pessoas - como eu e muitos outros - que a colocaram lá com a sua capacidade de inovação, com o seu trabalho suado, muitas das vezes com os maiores sacrifícios pessoais para benefício de muitos.

Inclusive dos Clientes, que beneficiaram com toda a tecnologia inovadora que ao longo dos anos lhe foi sendo disponibilizada.

 

Em 9 anos de casa, tive muitas alegrias, momentos maravilhosos e muito, muito trabalho. 

Trabalhei com pessoas maravilhosas, perdi algumas e ganhei outras.

Deixámos de ser uma participada do Estado, sobrevivemos a uma OPA e acreditámos no projeto que o Eng.º Zeinal Bava tinha para nós além fronteiras.

 

A rota mudou? Sim. A dele, a do Grupo e, consequentemente, a de todos nós.

Quando e como é que tudo isto vai acabar? Não sei. A esta altura duvido que alguém saiba.

 

Mas não é por isso que vou baixar os braços.

Não é por isso que vou mudar de comportamento, deixando de dar o melhor de mim, por mim, pelos meus colegas, pela minha empresa e por todos os colaboradores não ativos que dependem do meu trabalho para manterem as suas pré-reformas.

 

Se há injustiças dentro da PT?

Como em qualquer empresa, desde a de vão de escada, às maiores multinacionais, passando pelas PME's familiares ou não, há de tudo:

- Quem ganhe muito merecidamente;

- Quem ganhe muito e faça pouco;

- Quem ganhe pouco e se mate a trabalhar;

- Quem ganhe pouco e não se esforce minimamente.

 

Pessoalmente, não me posso queixar: sempre dei tudo por tudo, em todas as frentes, mesmo quando ganhava pouco mais que o salário mínimo.

Mas sempre tive reconhecimento. Batalhei muito, chateei muita gente, mas sempre de consciência tranquila.

Não se reivindica sem razão e nunca pedi nada que não merecesse. De uma forma ou outra, em medidas acima ou muito abaixo das minhas expectativas, a verdade é que sempre me reconheceram mérito.

Se queria mais? Se estou preparada para trabalhar noutros projectos dentro da PT? Claro que sim!!!! Mas eu sou assim, não falo por todo o Universo PT.

 

Por isso é de coração que vos digo: vão-se lixar com as vossas piadinhas estúpidas em lugares tão inapropriados como a meio de um exame ginecológico.

 

Se as coisas correram mal?, se é verdade o que diz a imprensa?

Já fui jornalista e quero acreditar que, se o dizem, é porque têm fontes credíveis em que se basear.

 

Se não tenho vergonha?

Não, a decisão dos 900 milhões não foi minha e, se fosse, como em tudo o que já fiz nesta empresa, seria a primeira a chegar-me à frente de quem fosse preciso e faria o mea culpa, mesmo que o erro fosse incorrigível.

 

Mas esta sou eu.

Eu sou assim e não baixarei os braços até que alguém me olhe nos olhos e me diga que estou dispensada, que não precisam mais de mim.

 

Se isso vai dar cabo de mim?

Claro, ou acham que sou rica? Gosto muito de trabalhar mas não é menos verdade que a minha sobrevivência e a dos meus também depende disso.

Se estou à procura de abandonar o barco? Não. 

Se sou parva por não o fazer? A vossa opinião será que sim.

 

Mas eu tenho orgulho em ser PT.

Continuem lá com as bocas parvas, com as notícias demolidoras, com informação que nos deixa ainda mais à toa que o que já estamos.

Eu vou continuar a dar o meu melhor.

Por mim.

Pelos meus colegas.

Por todos os que não conheci e que dependem de mim.

 

«Ah e tal, falas de boca cheia. Vocês é só regalias!!! Pançudos!!».

 

Primeiro que tudo, «Vocês» é muita gente.

Tenho um bom plano de saúde? Tenho. Mas pago por ele.

Tenho MEO à borla? Tenho. Mas pago tudo o resto, e além do mais agora inventaram de nos taxarem esta benesse em sede de IRS.

Tenho um bom plafond de comunicações? Tenho. 

E então? O que criticam? Têm inveja, é? 

 

Não tenham a menor dúvida que dou de mim à empresa tanto ou mais que ela me dá a mim. 

Se isto acontece com todos os trabalhadores de todas as empresas do Grupo PT? Claro que não, em que mundo é que vivem????

 

A PT é uma empresa igual a todas as outras, mas diferente na sua dimensão e na dimensão em que afetou a vida de milhares de portugueses.

Para isso, teve sempre outros milhares a trabalhar para que as coisas acontecessem.

 

Correu mal? Muito.

Sentimo-nos perdidos? Claro, somos humanos, caramba!!!!

 

Mas vou baixar os braços? Nunca, só quando mos "cortarem".

 

Sejam "tuguinhas" e mesquinhos à vontade: eu fui, sou e serei PT.

Sejam invejosos e maldosos à vontade: eu estive lá no MEO, na Cloud, no M3O, no Data Center da Covilhã, no M4O e no M5O.

Vi projetos de Responsabilidade Social com que vocês nem sonham, tecnologia desenvolvida para pessoas com determinadas capacidades diminuídas que vocês podem apenas imaginar.

Assisti a sessões de esclarecimento e de formação que vocês podem apenas invejar. 

E tantas, tantas outras coisas.

E vocês, onde é que estavam quando tudo isto aconteceu?

 

Eu estive lá, estou lá de alma e coração, e até me quererem, lá estarei.

Tenho muito a dar a esta empresa.

E, se alguém decidir que não nos querem mais, não baixarei os braços.

 

A luta é diária seja onde for.

Não queiram esgrimir comentários jocosos relativamente ao Grupo a que pertenço comigo.

Chego para todos, mesmo reconhecendo a fragilidade do momento.

 

Não sejam invejosos e mesquinhos: pensem se fosse convosco antes de abrirem essas bocarras.

Deixem-me fazer exames médicos sem me chatearem, pode ser?

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por Mamã às 21:22

Sexta-feira, 26.09.14

Mais uma pequena grande vitória... Para mim e para muitos

Lembram-se de vos ter deixado este alerta?

 

Pois bem, tenho a dizer-vos que o Chefe de Gabinete do CEO do Grupo Empresarial onde trabalho telefonou-me hoje a dar feedback relativamente ao email que remeti ao Presidente.

 

De acordo com o que me disse, a medida está a ser estudada pelos Recursos Humanos e, se aprovada, poderá vir a ser implementada já a partir de 2015. O que, a ser verdade, poderá abranger muitas pessoas que tanto necessitam desta pequena poupança em impostos.

 

Para quem não me conhece, podem eventualmente pensar que, das duas uma:

  • Ou trabalho numa empresa de «vão de escada» onde o presidente é meu tio / primo / pai / avô;
  • Ou que, na estrutura da empresa onde trabalho, estou muito bem colocada.

Nada de mais errado.

 

Trabalho num Grupo Empresarial com negócios um pouco por todo o mundo, constituído por várias empresas distintas, com estruturas distintas. 

No que concerne à minha posição na estrutura da empresa onde trabalho, estou mesmo, mesmo, mesmo.... Na base da pirâmide.

E bastante longe do topo da empresa, quanto mais do topo do Grupo em si.

 

Tudo isto para vos dizer o quê: tentar não custa.

O não é garantido e, quanto muito, ficam exatamente na mesma. Com a diferença de que, pelo menos, tentaram.

 

Não se esqueçam que esta medida tem bastantes vantagens fiscais para as empresas e, no panorama atual, é cada vez mais rara a existência de uma situação de win win, onde ficam a ganhar quer as empresas quer os trabalhadores.

 

Há quem diga que vozes de burro não chegam aos céus.

Eu cá é que não sou burra... E vocês?

 

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por Mamã às 00:01

Quinta-feira, 18.09.14

Um bar de perfumes

Em tempos de crise poupa-se em tudo. Tudo mesmo.

 

Apesar de ainda não me ter rendido a determinados truques – como usar um antigo abre-latas de conservas para espremer os tubos da pasta de dentes até MESMO ao fim -  e apesar dos tempos que correm, há coisas em que não quero cortar.

 

Por isso, e porque não me consigo imaginar sem usar perfume, descobri a Ydentik, um bar onde se servem perfumes e onde, inclusive, lhe dispensam um shot de perfume por 1 euro!

 

O conceito é muito engraçado, porque a loja da Avenida de Roma (Av. Óscar Monteiro Torres, n.º 3) é pequena e parece mesmo um bar. A senhora que nos atende – a barmaid – é muito simpática e ajuda-nos a encontrar a essência que mais se parece com o perfume da marca que costumamos usar.

 

É certo que não têm perfumes low cost similares a todas as grandes marcas e, dentro das marcas que têm, não têm todos os perfumes. Mas os preços compensam.

 

Os perfumes custam:

  • 35ml – 8,95 euros
  • 55ml – 12,50 euros
  • 105ml – 21,50 euros

Por perfumes entenda-se o frasco e respetivo conteúdo, – que sai de umas garrafas perfiladas na parede, qual verdadeiro bar - independentemente da essência escolhida. Uma vez adquirido o frasco, quando acabar o seu conteúdo, basta levá-lo outra vez ao «bar», sendo que o preço das recargas é:

  • 35ml – 7,50 euros
  • 55ml – 10,95 euros
  • 105ml – 18,50 euros

Poderia dizer-vos que os perfumes são tipo Equivalenza, mas estaria a mentir, pois estes têm uma dose de fixante mais elevada e o cheirinho mantém-se praticamente todo o dia. O que em mim, que tenho uma pele de caca, é um verdadeiro milagre.

 

Para quem não gosta de sair à noite, experimentem este «bar». Vão ver que vale a pena e, para quem como eu, gostava de perfumes que custavam 97 euros cada 75ml (e não, não o costumava comprar a não ser com valentes promoções), então, vale MESMO a pena!!!

 

Lá está: Uma vez mais, não há que sucumbir à crise, há que saber contorná-la e arranjar alternativas!!!

 

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por Mamã às 13:59

Quarta-feira, 17.09.14

Não há nada pior….

… que uma sala de espera das urgências de um hospital.

 

Para onde quer que se olhe, sentes-te sempre um voyeur, como se espiasse dramas familiares alheios que surgem na altura e local menos apropriados. São os nervos dos familiares, os pacientes assustados, a demora na triagem, que se expande ao infinito quando falamos no tempo de espera para o atendimento médico.

 

E tu que, à semelhança de outros, queres estar junto dos teus e não podes. Porque o serviço está tão entupido que deixaram de atribuir pulseiras de acompanhantes, até mesmo à esposa do senhor que se encontra desmemoriado, com comportamentos compulsivos e não sabe onde está nem a fazer o quê….

 

E, por falar em acompanhamento, o cenário típico a que somos submetidos a cada vez que temos que vir a este hospital: para um paciente de etnia cigana, temos a esta altura, como «familiares próximos», 14 adultos, 4 adolescentes, 2 crianças e dois bebés de colo. A polícia tem que intervir e pedir que levem para fora da sala a criança que não pára de gritar. E lá fora está um vento forte que ameaça transformar-se num frio de rachar.

 

E a espera, que parece não acabar. Os pacientes melhoram. Pioram. Desistem. Vão embora.

 

Uma senhora pede indicações relativamente a que gabinete médico se deve dirigir; porque na sala de espera está muito barulho. Muita gente. Sugere que aumentem o volume de som, até porque a maioria das pessoas que lá se encontram são idosos, que certamente, num maior ou menor grau, terão problemas de audição. Em suma, o sistema de som não se consegue sobrepor ao barulho da sala. A enfermeira retruca que os gabinetes para as pulseiras amarelas estão assinalados e a paciente que bata à porta para ver para qual foi chamada; que existe Livro de Reclamações no balcão das urgências. E, para rematar, se não está bem, para a próxima não venha. Como diz o meu Marido – e muito bem – como se as Urgências de um hospital fossem uma loja onde se escolhe ir e ficar a ver a montra.

 

Que falta de profissionalismo. De tato. De tudo. Bastava ter-lhe indicado o gabinete médico correto e ter-se ficado por ali. Mas não. É este tipo de comportamento que mancha e conspurca a reputação de outros tantos profissionais que, há mesma hora, no mesmo local, dão o melhor de si para o bem-estar de todos.

 

Como a senhora do Gabinete do Utente. Bem-haja, Paula Cardoso, bem-haja. Pela sua delicadeza, simpatia, empatia e compaixão. Pela paciência em lidar com todos: os que esperam, os que desesperam e os que nem sabem muito bem o que sentir ou o que querem saber.

 

Olho para os rostos que me rodeiam e, em todos, sem exceção, a mesma sombra: de cansaço, de saturação… de descrença.

 

Felizmente, o patriarca sai e o acampamento no hospital dá mostras de preparar-se para levantar para outras bandas...

 

 

Passou tanto ou tão pouco tempo que é hora de jantar. Os pacientes reclamam: estão nesta sala desde as 14h, há apenas um médico de serviço e vai começar o jogo do Benfica. Será que serão atendidos ainda hoje?

 

O meu Marido já quis ir embora por duas vezes; não deixei.

 

Os bombeiros já vieram e voltaram sei lá quantas vezes. Com doentes diferentes. Eles, os bombeiros, sempre os mesmos. Trocam impressões sobre pacientes, escalas de serviço, mentiras…

 

E idosos. Muitos idosos. Sozinhos. Ou fazendo companhia uns aos outros.

 

Quem está saudável fica doente: os pés incham e transbordam dos sapatos e dos chinelos, tantas são as horas em pé à espera de notícias dos ente queridos. As dores de cabeça ganham forma e os olhos lágrimas. De desespero ou de dor.

 

 

Quando estás fora do teu ambiente, nem no hospital encontras caras conhecidas. Os conhecidos passam a ser as pessoas com quem estás há horas a partilhar a sala de espera. É assim que sei que a senhora que chegou às 13h20 saiu agora. São 20h15.

 

 

21 horas. O meu Marido é chamado. Não esquecer que deu entrada às 15h30. Se lhe pedirem análises ou outros exames complementares, diz que vai embora. Que não está para isto. Infelizmente os meus pés começam a concordar com ele, mas eu não posso permitir que vá embora.

 

 

23h30. Já está. Exames, consulta. Tudo. Médico espetacular, diz o Marido.

Acredito: se não fosse tenho a certeza de que, de uma forma ou de outra, se teria vindo embora.

 

 

Para quem não acredita que o SNS está à beira da morte, façam este exercício. Só não sei como é que não morrem mais pacientes nas urgências. O pessoal residente bem tenta, mas num hospital, como em qualquer outra situação, não se fazem omeletes sem ovos… Fazem-se verdadeiros milagres.

 

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por Mamã às 19:00

Terça-feira, 16.09.14

Osga: animal de estimação ideal para tempos de crise

Só a vimos na primeira manhã na casa para onde nos mudámos: lá estava aquela barriga, patas e rabo, brancos, espalmados contra o vidro do recuperador de calor da lareira.

 

OK, bem sei que já não tínhamos animal de estimação, que o Roberto (o nosso peixe) foi a primeira vítima dos fanicos domésticos que nos têm vindo a assolar, não tendo resistido a uma viagem de 10 minutos de carro entre uma casa e outra. 

 

Mas já tínhamos decidido que, uma vez que há tartarugas e peixes no lago, não íamos ter mais nenhum animal de estimação.

 

E eis que, contrariando os planos que tínhamos para a nova vida naquela casa, o recuperador de calor se transforma em reptilário e, todas as manhãs, sem excepção, lá está a nossa amiga osga a dar-nos os bons dias.

 

Reconheço que é um animal de estimação fácil de cuidar:

  • Não temos gastos com comida e também não lha damos. Aliás estão todos proibidos de abrir a lareira pois, sendo uma espécie protegida pela Lei portuguesa, não estou para andar a correr atrás da osga pela casa fora apenas para a pôr na rua e ela voltar a entrar pela chaminé. Quando vier o inverno, se houver inadvertidamente algum barbecue de osga, a culpa não é nossa...;
  • Até porque não temos de a passear na rua. Como desaparece assim que nos levantamos e chegamos à sala (e só a voltamos a ver na manhã seguinte...), presumo que vá à rua sozinha e por lá se alimente, que já lá estamos há 2 semanas e meia e ela nem por isso me parece mais magra;
  • Sendo um animal de estimação auto-suficiente em todos os aspectos, o que é que poderíamos pedir mais?

Que mudasse de casa... Alguém quer uma osga?

 

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por Mamã às 13:52

Sexta-feira, 12.09.14

Agora na flor da idade é que me deu para isto…

A primeira vez que me apercebi, foi numa das visitas do papa João Paulo II a Fátima. Assim que cheguei, fiquei de tal forma transtornada que, a primeira coisa que fiz foi dirigir-me à Rodoviária Nacional e comprar bilhete de regresso a Leiria.

Aquela massa humana, que parecia sempre caminhar na direção contrária à que eu levava, estava a enlouquecer-me. Quase que sufocava quando me cruzei com os agentes de segurança pessoal do Papa, todos de fato escuro, semblante carregado, autênticos «armários» que, de repente, me rodearam por todo o lado. Lá consegui dirigir-me ao local de encontro com a restante equipa do jornal e, sempre com a hora do expresso em mente, tive o discernimento de respirar fundo e fazer o meu trabalho. Era para isso que lá estava, e não propriamente para ver o Papa, até porque me vim embora ainda antes dele chegar.

 

A segunda vez foi em plena rua, no Cairo. Consegui que a minha curiosidade levasse a melhor e fui  à descoberta da cidade. Mas completamente desorientada com aquela parafernália de gente, cores, cheiros…. E agarrada ao meu Marido, qual lapa agarrada a uma rocha. Mas, quando em pleno Centro Comercial, a subir umas escadas rolantes, dois mafiosos que vinham em sentido contrário se agarraram às duas enfermeiras que vinham connosco – sim, eram loiras – estava a ver que desmaiava. Nem sei como é que conseguimos todos (éramos 6…) manter o sangue frio e sair dali sem haver uma peixeirada de todo o tamanho.

Ora, países tipo Egipto (Marrocos, Tunísia, etc.), ficaram para todo o sempre riscados dos meus mapas de futuras férias. Como não tenho tido folga financeira para viajar, também não tenho pensado muito nisso, acreditem…

 

Sim, sofro de Agorafobia  - «… (do grego ágora - assembleia; reunião de pessoas; multidão + phobos - medo) é originalmente o medo de estar em espaços abertos ou no meio de uma multidão. Em realidade, o agorafóbico teme a multidão pelo medo de que não possa sair do meio dela caso se sinta mal e não pelo medo da multidão em si. Muitas vezes é sequela de transtorno do pânico. Quando o medo surge é difícil saber se, se está tendo um ataque de pânico ou Agorafobia, porque ambos tem quase os mesmos sintomas. (…)».

E não, não é um ataque de pânico, é um medo de perder o rumo próprio no meio daquela gente. Do género: se se lembrarem de caminhar para um abismo, vão levar-me com eles porque não vou conseguir contrariar o rumo que leva o rebanho.

 

«(…) O agorafóbico não teme ser avaliado pelas pessoas que frequentam aquele espaço – ele teme não ter a quem recorrer caso se sinta mal. Do mesmo modo, tais pessoas podem desenvolver o medo de andar de elevador, dando vazão à claustrofobia, que é outra manifestação possível da agorafobia. (…)» 

Quais sentir mal, caramba? E avaliem à vontade, eu quero lá saber o que é os outros pensam… Eu não gosto é de ser espezinhada, seja em sítios fechados ou abertos. E, num elevador cheio, há sempre um palhaço que, antes da porta fechar, se atira lá para dentro, obrigando quem já lá estava a esmagar-se.

 

Isto não são as fobias no estado puro em que as descrevem; são derivadas.

Tal como sou uma derivada do que outrora fui. Caso contrário, como é que sobrevivi a discotecas, bares académicos, edições do Sudoeste, Paredes de Coura, Semanas Académicas, Enterros da Gata... E não, o álcool não é a razão.

 

Logo agora que eu estava na flor da idade, e queria taaaaanto ter ido à Vogue’s Fashion Night Out… Olhem, fiquei completamente Out!!, foi o que foi.

E não, não foi a falta de guito para ir às compras. São as fobias…

 

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por Mamã às 15:53


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