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Não só o que me apetece, mas quando me apetece e sobre o que me apetecer! Tenho dito!... E vou continuar a dizer!
É isso mesmo que leram. Orgulho. Muito. Antes, agora e sempre.
Não me importa que me agridam dezenas de vezes por dia com notícias destabilizantes.
Não me importa que sejam demasiado inoportunos nos comentários: «Então que língua falas agora?», «Então agora vocês são o quê: passaram dos "ban-ban-bans" cá do sítio para material de retalho, é?».
Digam o que quiserem.
Não pensem que não estou preocupada: tenho orgulho em ser PT, não sou estúpida ou burra.
Mas continuo a acreditar em mim e nos meus colegas.
Levo 9 anos de PT.
De temporária a contratada; De contratada a efetiva; De efetiva até não me quererem mais.
Sim, porque eu acredito no valor do Grupo, da empresa do Grupo a que pertenço.
No valor dos meus colegas e na minha força de vontade.
Que atire a primeira pedra o ignorante que acha que trabalha na empresa perfeita, com o chefe perfeito e com colegas mais que perfeitos.
Deixemo-nos de utopias e falemos de realidades: Sim, a PT já esteve entre as maiores do Mundo, da Europa e do País. Mas o que nos colocou lá continua a existir, porque foram as pessoas - como eu e muitos outros - que a colocaram lá com a sua capacidade de inovação, com o seu trabalho suado, muitas das vezes com os maiores sacrifícios pessoais para benefício de muitos.
Inclusive dos Clientes, que beneficiaram com toda a tecnologia inovadora que ao longo dos anos lhe foi sendo disponibilizada.
Em 9 anos de casa, tive muitas alegrias, momentos maravilhosos e muito, muito trabalho.
Trabalhei com pessoas maravilhosas, perdi algumas e ganhei outras.
Deixámos de ser uma participada do Estado, sobrevivemos a uma OPA e acreditámos no projeto que o Eng.º Zeinal Bava tinha para nós além fronteiras.
A rota mudou? Sim. A dele, a do Grupo e, consequentemente, a de todos nós.
Quando e como é que tudo isto vai acabar? Não sei. A esta altura duvido que alguém saiba.
Mas não é por isso que vou baixar os braços.
Não é por isso que vou mudar de comportamento, deixando de dar o melhor de mim, por mim, pelos meus colegas, pela minha empresa e por todos os colaboradores não ativos que dependem do meu trabalho para manterem as suas pré-reformas.
Se há injustiças dentro da PT?
Como em qualquer empresa, desde a de vão de escada, às maiores multinacionais, passando pelas PME's familiares ou não, há de tudo:
- Quem ganhe muito merecidamente;
- Quem ganhe muito e faça pouco;
- Quem ganhe pouco e se mate a trabalhar;
- Quem ganhe pouco e não se esforce minimamente.
Pessoalmente, não me posso queixar: sempre dei tudo por tudo, em todas as frentes, mesmo quando ganhava pouco mais que o salário mínimo.
Mas sempre tive reconhecimento. Batalhei muito, chateei muita gente, mas sempre de consciência tranquila.
Não se reivindica sem razão e nunca pedi nada que não merecesse. De uma forma ou outra, em medidas acima ou muito abaixo das minhas expectativas, a verdade é que sempre me reconheceram mérito.
Se queria mais? Se estou preparada para trabalhar noutros projectos dentro da PT? Claro que sim!!!! Mas eu sou assim, não falo por todo o Universo PT.
Por isso é de coração que vos digo: vão-se lixar com as vossas piadinhas estúpidas em lugares tão inapropriados como a meio de um exame ginecológico.
Se as coisas correram mal?, se é verdade o que diz a imprensa?
Já fui jornalista e quero acreditar que, se o dizem, é porque têm fontes credíveis em que se basear.
Se não tenho vergonha?
Não, a decisão dos 900 milhões não foi minha e, se fosse, como em tudo o que já fiz nesta empresa, seria a primeira a chegar-me à frente de quem fosse preciso e faria o mea culpa, mesmo que o erro fosse incorrigível.
Mas esta sou eu.
Eu sou assim e não baixarei os braços até que alguém me olhe nos olhos e me diga que estou dispensada, que não precisam mais de mim.
Se isso vai dar cabo de mim?
Claro, ou acham que sou rica? Gosto muito de trabalhar mas não é menos verdade que a minha sobrevivência e a dos meus também depende disso.
Se estou à procura de abandonar o barco? Não.
Se sou parva por não o fazer? A vossa opinião será que sim.
Mas eu tenho orgulho em ser PT.
Continuem lá com as bocas parvas, com as notícias demolidoras, com informação que nos deixa ainda mais à toa que o que já estamos.
Eu vou continuar a dar o meu melhor.
Por mim.
Pelos meus colegas.
Por todos os que não conheci e que dependem de mim.
«Ah e tal, falas de boca cheia. Vocês é só regalias!!! Pançudos!!».
Primeiro que tudo, «Vocês» é muita gente.
Tenho um bom plano de saúde? Tenho. Mas pago por ele.
Tenho MEO à borla? Tenho. Mas pago tudo o resto, e além do mais agora inventaram de nos taxarem esta benesse em sede de IRS.
Tenho um bom plafond de comunicações? Tenho.
E então? O que criticam? Têm inveja, é?
Não tenham a menor dúvida que dou de mim à empresa tanto ou mais que ela me dá a mim.
Se isto acontece com todos os trabalhadores de todas as empresas do Grupo PT? Claro que não, em que mundo é que vivem????
A PT é uma empresa igual a todas as outras, mas diferente na sua dimensão e na dimensão em que afetou a vida de milhares de portugueses.
Para isso, teve sempre outros milhares a trabalhar para que as coisas acontecessem.
Correu mal? Muito.
Sentimo-nos perdidos? Claro, somos humanos, caramba!!!!
Mas vou baixar os braços? Nunca, só quando mos "cortarem".
Sejam "tuguinhas" e mesquinhos à vontade: eu fui, sou e serei PT.
Sejam invejosos e maldosos à vontade: eu estive lá no MEO, na Cloud, no M3O, no Data Center da Covilhã, no M4O e no M5O.
Vi projetos de Responsabilidade Social com que vocês nem sonham, tecnologia desenvolvida para pessoas com determinadas capacidades diminuídas que vocês podem apenas imaginar.
Assisti a sessões de esclarecimento e de formação que vocês podem apenas invejar.
E tantas, tantas outras coisas.
E vocês, onde é que estavam quando tudo isto aconteceu?
Eu estive lá, estou lá de alma e coração, e até me quererem, lá estarei.
Tenho muito a dar a esta empresa.
E, se alguém decidir que não nos querem mais, não baixarei os braços.
A luta é diária seja onde for.
Não queiram esgrimir comentários jocosos relativamente ao Grupo a que pertenço comigo.
Chego para todos, mesmo reconhecendo a fragilidade do momento.
Não sejam invejosos e mesquinhos: pensem se fosse convosco antes de abrirem essas bocarras.
Deixem-me fazer exames médicos sem me chatearem, pode ser?
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