Isso mesmo: 12 horas.
24 horas não dão para nada:
- No mínimo, passo 9 horas no emprego;
- Se tudo correr bem, passo cerca de 2,5 a 3 horas em viagem;
Com isto já se foram 12 horas...
Nas restantes 12 horas que estou em casa:
- Passo 1 hora - no mínimo - a fazer e desfazer mochilas e marmitas, e a preparar as coisas para o dia seguinte;
- Estou, no todo, 1 hora na cozinha, entre jantar e ajudar o marido a arrumar;
- O Salvador leva mais 3 horas: banho, conversar, brincar, preparar para deitar, conversar, deitar, pomadas para isto e para aquilo, pequeno almoço, birras, vestir, preparar para sair...;
- Comigo devo gastar 1 hora, entre arranjar-me para dormir e arranjar-me para sair, não leva muito mais, porque o tempo não chega;
- Tarefas domésticas inadiáveis, diárias, consomem no mínimo, 1 hora;
- No que sobra, umas vezes consigo dormir, outras nem por isso.
Assim sendo:
- Quando algo de diferente é necessário - ir ao banco, aos CTT, ao médico, à farmácia, etc.., - o tempo no emprego estica mais, porque tudo funciona em horas de expediente e depois há que compensar;
- Quando quero escrever assiduamente nos blogues, ganho umas dores incríveis pelas posições em que vou sentada no comboio para poder ir a escrever no tablet, daí volta e meia estar uns dias sem escrever;
- Se quero escrever em casa, só o consigo fazer depois de deitar o Salvador e ele, nessa noite especificamente, demora 100 anos a deitar, pelo que eu me deito mais tarde e durmo menos, o que não consigo fazer durante muitos dias seguidos, dado o pouco tempo que já tenho para dormir.
Face ao exposto, quero mais 12 horas no meu dia:
- Para poder dormir mais;
- Para poder escrever mais;
- Para poder dedicar mais tempo ao marido;
- Para poder fazer mais coisas comigo mesma... Tipo ser gaja e maquilhar-me.
Mas não. Eu sou:
- Trabalhadora por conta de outrem... E o outrem já foi mais certo;
- Mãe do Salvador;
- Filha;
- Amiga.
Quem perde? O marido e eu.
As 12 horas de que preciso seriam irmãmente divididas: 6 horas para ele / nós e as restante 6 para mim, sendo que as minhas poderia aplicá-las onde bem entendesse!!!

Utopias??
Pois claro, na verdade o tempo....
... Voa.
E, na maior parte das vezes, e sem nos apercebermos, somos nós mesmos que o fazemos voar.
A m... da crise até tempo me roubou!! Não bastava já o dinheiro....