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Não só o que me apetece, mas quando me apetece e sobre o que me apetecer! Tenho dito!... E vou continuar a dizer!
Na passada quinta -feira fui a uma sessão de esclarecimentos relativa a Gestos de Urgência Geriátricos.
Na verdade, inscrevi-me preocupada com o estado de saúde do meu sogro e para poder aprender a proporcionar-lhe alguns cuidados básicos de primeiros socorros caso seja necessário.
Mas a verdade é que a minha sogra e os meus pais também não caminham para novos.
E o que aprendi, afinal, aplica-se a qualquer idade.
A formadora era Marinela Cardoso, da APIS - Associação Portuguesa de Instrutores de Socorrismo. Anos de experiência no INEM, em situações de catástrofes naturais no estrangeiro e cuidadora de idosos.
Para além dos primeiros-socorros a aplicar nos primeiros 4 minutos - aqueles que podem tão simplesmente, fazer a diferença entre a vida e a morte seja de quem for - aprendi a importância da convivência social e dos pequenos gestos que podem fazer toda a diferença na prevenção dos pequenos acidentes domésticos.
Assim, resolvi partilhar o que para mim foi mais importante (já que a prestação dos primeiros-socorros, em si, seria difícil de explicar por aqui).
Em termos de Primeiros Socorros, é importante reter:
2. Quando excluída a subida repentina da pressão arterial ou uma pancada na cabeça:
Depois vem a informação de como evitar acidentes domésticos:
- Fixar tapetes;
- Retirar tapetes espessos onde possam tropeçar;
- Libertar os espaços de ligação entre as principais divisões que o idoso utiliza;
- Libertar espaços junto às janelas para que possa facilmente ter contacto com o exterior (principalmente quando já não pode e/ou consegue sair).
- Preferir electrodomésticos eléctricos ao invés de serem a gás;
- Marcar posições no microondas com desenhos dos alimentos que eles costumam lá colocar, para que saibam o tempo exacto que devem utilizar por cada um;
- Dar-lhe um temporizador sonoro para que o use e saiba quando retirar os alimentos do fogão / forno.
- Sempre que monetariamente possível, preferir polibãs a banheiras;
- Colocar-lhe dispositivos de apoio para que possam sair e entrar em segurança;
- Ter sempre tapetes antiderrapantes quer seja em banheira ou polibã;
- Recorrer a assentos elevatórios ou pegas de apoio junto aos sanitários para que possam manter a sua independência (e dignidade...) na satisfação das suas necessidades fisiológicas.
Outra informação relevante é entender o porquê da lista de perguntas interminável quando se liga para o 112:
- Eles não querem saber nome de medicamentos: querem saber para que finalidade é que os mesmos são tomados - comprimidos para a tensão arterial, diuréticos, insulina, etc.;
- A idade é outro dado importante, porque os sintomas descritos podem ou não ser graves de acordo com a idade da vítima;
- A informação obtida permite ao 112 mobilizar o meio de socorro mais adequado à situação, por isso dizer apenas «venham depressa que ele está a morrer», não é solução;
- Há que dar indicações precisas de como encontrar o local / casa onde têm que ir buscar a pessoa, para que não percam tempo precioso à procura da mesma.
E lembrem-se sempre: nestas situações todos os minutos são imprescindíveis, por isso se não estão em condições de responder calma e rapidamente às questões - ou se têm que estar a prestar primeiros socorros - arranjem quem possa transmitir a informação.
E se não sabem como, caso estejam sozinhos com a vítima, gritem. Bem alto. Como nunca gritaram na vida. Peçam socorro. Peçam ajuda.
A vida de alguém pode depender disso.
Depois de tudo o que aprendi, estou a considerar seriamente tirar um curso essencial de socorrismo. Tenho a certeza de que serão as 12 horas mais bem empregues da minha vida.
Mesmo que nunca venha a necessitar de prestar qualquer tipo de cuidados a quem quer que seja, é bom saber que, caso seja necessário, estou preparada.
A sociedade precisa de pessoas que se preocupem com o próximo. Ainda bem que a empresa onde trabalho também pensa assim.
Não vire a cara.
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